segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
RELATO DE PARTO - PARTE I
Oi queridas amigas! Desculpem o sumiço, espero que me entendam!
Voltei, com mais um relato de parto. Vamos lá:
No sábado, dia 15, o André buscou o Mateus pra passar o dia com ele. Aproveitei pra fazer algumas coisas que ainda estavam pendentes, como a mala da maternidade. Antes, fui ao supermercado comprar os saquinhos para fazer os kits. Estava tendo uns desconfortos no mercado. Na hora meu pai me ligou e perguntou se esse neném não nasceria mais. Ri e respondi que faltavam ainda umas duas ou três semanas. À tarde fui pra casa, Thiago foi pra lá me ajudar com as malas, ele queria ser (e foi) participativo e me ajudou muito. Acabou que enquanto eu fazia a malinha da Clara ele fez o almoço (strogonoff de frango) e depois me ajudou a terminar as malas. Me cansei logo de ficar sentada e ele me falou pra ir descansar um pouco, que depois eu teria tempo de terminar as malas (oi?). Anotei num papel o que ainda estava faltando e fui descansar, ainda sentindo os tais desconfortos.
No final da tarde, fui pra casa da minha mãe, esperar o Mateus lá. Ele chegou e fomos pra casa. No final da noite, os desconfortos pioraram (eram contrações de parto, porém não imaginei porque pensei que todas as contrações de tp eram doloridas). Resolvi ir ao hospital público da cidade onde moro, verificar o que estava acontecendo. Eram mais de 22h do sábado. Falei pra médica que queria verificar porque o hospital onde teria o neném era longe e não queria dar viagem perdida. A médica então, constatou que eu estava em trabalho de parto, com 2cm de dilatação e confirmou as contrações, que estavam a cada 8/9 minutos, com duração de 10 a 20 segundos cada. Mandou que eu fosse para o hospital porque as contrações poderiam se regular e eu entrar em tp ativo. Liguei para o Thiago avisando do que a médica falou. Deu uma vontade tão grande de chorar na hora! Estava totalmente despreparada, pega de surpresa, só iria entrar na 37ª. semana no dia seguinte (domingo, dia em que ela nasceu). Thiago me acalmou no telefone, disse pra eu ir pra casa e avisar a todos, com calma, que tudo ia dar certo. Eu tremia.
Cheguei em casa, liguei pro meu pai, pra ele me levar ao hospital, pra minha mãe, pra ela ir pra minha casa ficar com o Mateus, que dormia tranqüilo alheio à tudo, e pra minha irmã, que queria saber quando eu fosse pro hospital. Peguei o papel que anotei o que faltava e coloquei o que eu tinha na mala (ainda faltava comprar algumas coisas).Dei um beijo no Mateus (nesse momento eu chorei), o abençoei e saí de casa, grávida pela ultima vez, pra onde eu voltaria com minha filha nos braços.
No caminho, fui tentando ligar pro meu médico, mas sem sucesso, porque ele estava viajando, só voltava dois dias depois e como nunca imaginou que eu fosse entrar em TP, não deixou nenhuma orientação pra caso isso acontecesse. Comecei a me desesperar percebendo que ia acabar na faca outra vez. Meu médico era o único que havia concordado em tentar o parto normal, bem monitorado, com menos de dois anos da última cesárea e com histórico de pré-eclâmpsia. E também era o único que sabia que eu queria fazer laqueadura e estava com os papéis para eu assinar, caso tivesse que fazer a cesareana mesmo. Mas eu não conseguia falar com ele. No carro íamos medindo as contrações e percebemos que o intervalo entre elas estavam diminuindo. Medo!
Chegamos ao hospital pouco depois da meia noite. Já era domingo, 16 de janeiro de 2011, dia do nascimento da Clara. O médico plantonista me examinou: 3 cm de dilatação (estava dilatando 1cm por hora!) e contrações a cada 7 minutos já. O médico se sentou e disse que, diante do quadro de TP e cesárea a menos de 2 anos, a conduta dele era de cesareana e que, se eu quisesse ir embora, teria que assinar um termo de responsabilidade. Sem ter o que fazer, sem ter pra onde ir, em pleno trabalho de parto e sem conseguir contato com meu médico, aceitei a internação. Pelo menos a cesárea era de urgência, a Clara ia nascer no tempo dela. Isso me acalmou um pouco. Avisamos meu pai, que nos esperava do lado de fora e fomos, Thiago e eu, assinar os papéis da internação. Ele me acalmava e eu sentia contrações, rs. Diante do quadro de TP, nem fomos para o apartamento, subimos direto para o Centro Cirúrgico. O hospital vazio, meio escuro, só tínhamos nós. A equipe de emergência se preparava e eu nervosa, pensava que nunca mais iria realizar meu sonho de ter um parto normal, mas que confiava na vontade de Deus. Nesse momento, Thiago tirou essas fotos:
Me chamaram para a sala, eu tremia muito, feito vara verde. O médico perguntou: frio? Eu respondi: não, nervoso mesmo... rs. Dessa vez senti dor ao tomar a anestesia. No primeiro parto, senti só uma picadinha. Dessa vez, ardeu bastante e eu não via a hora de acabar logo. Logo minhas pernas começaram a formigar e eu estava deitada, com o Thiago ao meu lado. O nervosismo foi logo controlado com um leve sedativo no soro. Senti alívio ao ver o anestesista falar que já tinha começado e eu não estava sentindo nada (da primeira vez, senti um leve ardor ao ser cortada, acho que o anestésico foi pouco). Outra coisa de que gostei muito foi o clima dentro do centro cirúrgico: médicos compenetrados, conversando baixinho sobre a cirurgia. Fora os médicos conversando baixinho, o clima era de tranqüilidade e silêncio. Da primeira vez, o Centro Obstétrico estava lotado, era bebê chorando pra tudo quanto é lado, e os médicos conversavam animadamente sobre o trânsito de Brasília. Aff!
Quando olhei pro lado, vi que o Thiago estava quase do outro lado do pano, assistindo e filmando tudo:
Logo a enfermeira falou: pai, vem pra frente ver que já vai nascer! Passados alguns segundos escutei um chorinho fraco, feito um miadinho rouco. Eram 2h35min.
Me preocupei, não foi nada parecido com o grito forte que os bebês soltam ao nascer (depois fiquei sabendo que ela engoliu restos de parto). A neonatologista a mostrou pra mim, que falei: “Oi filha. Seja bem-vnda! Mamãe te ama!” e logo a levou pra ser aspirada. Thiago tava tão abobalhado que se esqueceu de tirar foto desse momento, e logo foi atrás dela, pra sala.
(CLARA ACORDOU, CONTINUO COM O RELATO EM OUTRO POST)
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12 comentários:
Aii meu deusss que bebezinha mais linda!!
Parabenssss
Sabe que eu tambem senti muita dor na anestesia, e eu tremia tanto que os meus denstes batiam...eu fiquei super nervosa na hora do parto da minha Yasmin!!
Sou estilista e meu blog é novo
Quando puder me visite!
Beijos
Talitah Sampaio
Ah, Élen... lendo seu relato fico imaginando como foi tudo, me sentindo na sua pele... amiga, você sabe que mais do que ninguém eu SINTO MUITO por você não ter conseguido seu parto normal! Sinto mesmo. Mas, enfim, com o tempo você irá compreender melhor tudo o que aconteceu, se quiser conversar depois sobre isso, você sabe que você pode sempre contar comigo, né?
A Clara é linda e abençoada por Deus! Que ela traga muita felicidade a vocês!
Aguardo o resto do relato!
Beijos!
Eita Amiga, eu me lembrei muito agora de como fiquei nervosa quando meu médico falou por telefone que o parto seria naquele dia. E olha quem nem mala pronta eu tinha rsss. Sobre vc não ter tido o PN eu realmente sinto muito, mas o médico não quis arriscar. E o que importa de fato é que ela nasceu no tempo dela e está saudável e cheia de amor pra receber e dar. Quero saber mais e mais...bjssss.
Que bom q correu tudo bem né? Independente de ter sido ou não o parto dos sonhos, o mais importante é q a Clara veio ao mundo com saúde! E como está sendo com o Mateus? Tem alguem te ajudando, né?
Bjossss
Ah, Elen
Me fazer chorar logo cedo............
Amiga, que Deus abençoe vcs, com certeza, mesmo quando a gente planeja tudo, as coisas saem como Deus quer, não se preocupe.
Sua Clarinha é linda demais.
Bjs enormes
Obaaa que relato lindo,
Estou ansiosa pela segunda parte,
bjusss
Estava lendo seu blog, seu relato e o relato do pai da Clara, me emocionei, espero que você seja muito feliz com seu casalzinho e vc sabe que no "final" tudo dá certo. Beijos e parabéns.
Ai gente q delícia!! Fico com água na boca e coração explodindo de saudades desse momento... rs
Viu, no final deu td certo e a gente vê q vale a pena todo o sacrifício né?
Tudibom pra vcs viu!
bjão!
Olá, adorei seu blog!
Parabéns pelos lindos filhos e por ser uma mãe guerreira!
beijos
Elen nem sei como achei o seu blog. Só sei que para entender bem sua estória eu li e reli muitos posts e fiquei admirada com a mulher que vc se tornou: forte.
Querida me coloquei em seu lugar em muitos relatos e sequer pude sentir a dimensão de tudo que vc viveu. E a única coisa gratificante e mais real, são as dádivas que Deus lhe deu, seu filhos lindos. Bençãos na sua vida.
Se vc permitir estarei sempre por aqui, pois, mulheres como nós precisamos estar unidas sempre. Apoiando umas as outras. Ser mãe é mais do que qyalquer realização profissional, é um dom divino.
Parabéns pela bonequinha e pela bela fibra que vc tem.
Ela é muito linda. Parabéns, que traga muita felicidade para vocês.
beijo
E cade o relato parte 2? To ansiosa...hehehe
Lela, to publicando os vídeos do Felipe aqui: http://para-felipe.blogspot.com/
Passa depois pra assistir!
Bjuss
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