sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Meu aniversário. Fim deste blog.

"Que comece agora.
E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.
E que eu espero também.
Uma vontade de ser.
Àquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho.
Que me dê cadência das atitudes na hora de agir.
Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais.
Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelos anjos que moram comigo.
Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim.
Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior.
Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver..."

Caio Fernando Abreu


Encerro mais um ciclo da minha vida, o de esperar pelos meus anjos. Hoje, eles estão aqui comigo. 30 anos, vida nova, blog novo. É só clicar:

Meus Anjos & Eu

Espero cada uma de vocês que me seguiram aqui, a me seguirem lá. E já tem post novo lá! Obrigada por cada um dos milhares de comentários deixados aqui ao longo desses 3 anos de "Esperando meu anjo..."

Com este post, de número 200, encerro este blog.

Beijos em todas!

Te espero lá!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Preciso tanto de paz!


Minha vida é assim: não fica mais de duas semanas sem vir confusão! Estou estressada, cansada, desorientada. Desde a gravidez da Clara que não tenho tido um tempo razoável de sossego em minha vida. Moro na casa da minha avó (na casa dos fundos) desde março, quando meu carro fundiu o motor e eu tive de economizar o dinheiro do aluguel para consertá-lo. Só que de lá pra cá, minha vida virou um inferno. A começar por que ninguém lá em casa vai com a cara do Thiago (a culpa disso é minha, eu assumo. Quando brigamos, no primeiro namoro, a família tomou as minhas dores e quando nos reconciliamos todos ficaram com raiva dele). E ainda tem a educação do Mateus, que todos se metem, ele faz o que quer, a hora que quer. E se chora, minha casa enche de gente pra saber o porque do choro...
Semana passada o Mateus deu birra porque queria sentar-se vir para o meu colo (eu estava nobanheiro entrando no banho). Conversei com ele e expliquei que a mamãe estava cansada e que ia tomar banho, depois iria pegá-lo no colo o tempo que ele quisesse. Ele não se conformou, deu birra e um tapa na minha cabeça (eu estava agachada falando com ele). Puta de raiva, pedi ao Thiago, que estava dando mamadeira para a Clara, para levar o Mateus e colocá-lo de castigo no sofá por ter batido na mamãe, e não deixá-lo sair de lá até eu me vestir novamente e ir até lá. Nisso, minha irmã escutou o choro e foi ver o que se passava. O Mateus a vendo, começou a se fazer de vítima, tentando sair do castigo e o Thiago segurando-o para ele não sair. Nisso chega a minha avó pora se meter também. Teve bate boca. Sei que foi tudo muuito estressante. No mesmo dia resolvi que não ficaria mais lá e comecei a procurar casa pra alugar. Minha avó sabendo que eu pretendia sair de lá, ligou para meu ex-marido, André, pai do Mateus pra falar que o Thiago, meu atual marido e pai da Clara, bate nele, para evitar que a gente se mude da casa dela, onde ela pode mandar no Mateus. E a confusão se fez. Foi um final de semana de caos. Conversei com o André. Estamos resolvidos nesse assunto. Thiago é firme quando tem que ser, porém nunca levantou 1 dedo para o Mateus. Sou mãe e jamais deixaria que alguém maltratasse meus filhos. Porém, ando nervosa, estressada, agitada com quem se mete. Infelizmente, na minha família é assim: cada um quer se meter na vida do outro, mas ninguém quer que se meta na sua. Todo mundo fala da vida de todo mundo e todo mundo quer se fazer de vítima. Não aguento mais. Estou a 4 dias de completar 30 anos e até hoje não mando na minha vida, nem na vida dos meus filhos. Mateus tem sentido o clima pesado, anda chorão. Disse ontem, ao chegar da casa do pai, que não quer ficar com a mamãe porque a mamãe tá triste.
Agora me respondam: se o thiago maltratasse o Mateus, ele estaria tão à vontade com ele, a ponto de dormirem abraçados? (foto de quinta, dia 01/09)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O quase

Iniciamos o meu mês, o mês do meu aniversário. Todos os anos, no mês de setembro, eu me sinto mais confiante na vida, saudosa do que passou, porém, mais positiva em relação ao que está por vir. Pensando no que "quase" fiz nesse ano que passou, li um texto que descreve bem o que pensei. Achei-o tão lindo que resolvi compartilhar aqui:

--*--

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


--*--

Uma ótima quinta-feira pra vocês! Ah, semana que vem terei novidades aqui no blog!