Meu Mateus...

Muita gente tem me perguntado como está o Mateus, como tem reagido à chegada da irmã, se está com muito ciúmes, etc.

Ele me surpreendeu. Confesso que pensei que ele seria agressivo com a Clara, mas não. Com ela, ele é até carinhoso, dentro do seu jeito reservado. Seu ciúme se manifesta de outra maneira: querendo chamar a atenção. Está mais chorão também. Agora, uma coisa que me surpreendeu é o tanto que ele está grudado em mim. Minha mãe disse que ele passa a tarde chamando pela mamãe, pedindo para ir pra casa, tadinho.



Quando chego do trabalho para pegá-lo na casa da minha mãe, ele já está esperando, todo ansioso, com suas coisinhas na mão, parado na porta. Se antes ele chorava para não sair da casa da minha mãe, agora ele chora para ir embora. Minha mãe até ficou sentida achando que a culpa era dela. Mas acredito que isso é resultado dos 5 meses que passamos juntinhos em casa.

Não tenho como negar que entrar para a creche/escolinha desenvolveu muito a fala do Mateus. Antes ele tinha uma preguiça imensa de falar. Quando ele queria alguma coisa, apontava e ficava repetindo: hum, hum, hum. Agora, desembestou a falar e vive me surpreendendo com seu enriquecido vocabulário dia após dia. É claro que ainda é aquela fala que só as mães entendem, rs, acredito que até por conta da chupeta, que atrapalha. Mas ele já tem algumas pérolas que quero registrar aqui para nunca esquecer (vou colocar aqui a versão "traduzida" do que ele falou):

- um dia de sol, voltando pra casa, o carro fez a curva e o sol ficou bem nos olhinhos dele. Ele falou, incomodado: "mamãe, o sol! apaga!". Quando a curva se desfez e o sol parou de bater nos olhos dele, ele abriu um sorrisão e disse: "apagou!"

Meu pequeno herói me surpreendeu também de outra maneira: demonstrando a coragem que eu achava que ele não tinha. Semana passada ele pegou uma virose. Na quinta-feira, ele teve diarréia 9 vezes! Na sexta cedinho fomos para o hospital. Como era público, ficamos lá de 9h às 14h. E ele suportou tudo quietinho, no meu colo, sem resmungar nem chorar. Tomou 2 litros de soro (não chorou para colocar, ficou olhando a agulha entrar em sua mãozinha e soltou apenas um tímido "ai"), fez exame de sangue (novamente não chorou para colher sangue, as enfermeiras até o elogiaram), comeu a comida do hospital e até dormiu em meu colo, num banco duro de madeira, aguardando o resultado do exame. Andou o hospital inteiro ao meu lado (eu estava com duas sacolas numa mão e segurando o soro dele com a outra, não dava para pegá-lo no colo) mesmo cambaleando por causa da medicação que colocaram no soro, que dava sono. E hora nenhuma reclamou de nada. Apenas no final, ele levantou a mãozinha e pediu pra tirar a agulha, depois de 4h com aquilo na veia tão pequenininha, devia estar incomodando muito).

Fiquei muito orgulhosa de sua coragem, de sua parceria com a mamãe. Meu pequeno grande homem!

Voltando em definitivo!

Após 5 meses de licença, em casa, curtindo e cuidando da minha princesinha e meu príncipe, estou de volta ao trabalho. Foram os 5 meses mais felizes da minha vida e confesso, estão me deixando com muita saudade, aquele vazio no peito, um aperto no coração e um nó na garganta. Mas a vida deve seguir e aqui estou eu novamente, de cabeça erguida, dando continuidade às lutas diárias...

Nossa! Como estou sensível, não é? Rss.

Bom, minhas amigas, esses 5 meses de licença foram muito bons. Foram cansativos, mas não há nada melhor do que ficar em casa cuidando da Clara, vendo-a crescer e se desenvolver, cuidando do Mateus, vendo-o se tornar cada dia mais companheiro meu e da irmã. Ele está um pouco teimoso, mas acredito que é uma fase, tudo é novo na vida dele, e tenho me esforçado bastante para ser rígida na medida certa, tentando corrigi-lo com mão firme, mas acima de tudo com amor.

Tive de deixá-los na creche. A babá que cuidava do Mateus e me ajudava com a Clara foi embora para ver a mãe em outro estado. Ela deixou muita saudade principalmente no Mateus, de quem era bastante companheira e passava o dia com ele, brincando, cuidando, enquanto eu me dedicava mais à Clara. E quando eu tirava um tempo pra ficar com ele, dando carinho e atenção para evitar a ciumeira, ela cuidava da Clara. O Mateus fica meio período. Lá ele freqüenta uma escolinha (maternal), depois toma banho e almoça. Entra 7h e sai 12h30, quando minha mãe vai buscá-lo. Ele teve uma adaptação mais difícil. Foram quase dois meses de chororô na porta da creche. Hoje, graças à Deus, entra sozinho, todo feliz e às vezes entra tão empolgado que não me dá nem tchau. Fiquei aliviada, estava quase pensando em desistir.


A adaptação da Clara, por ela ser menor, foi beeem mais fácil. Ela fica lá de 7h às 18h. Minha mãe não daria conta das duas crianças sozinha, então como Clara se adaptou melhor desde o primeiro dia e é mais forte e menos chorona do que o Mateus, optamos por deixá-la lá período integral. Ela fica no berçário e desde o primeiro dia ficou bem: comeu tudo o que foi oferecido (ela já come papinhas salgadas e frutas) tomou banho, não estranhou as tias, dormiu durante o dia. Ela é bem paparicada lá porque é risonha, ri pra todo mundo, vai com todo mundo e é bem gaiata.



Só que tem um gênio forte e não tem quem a faça ficar no berço, deitada, quando ela não quer. Ela fica resmungando por um tempo, assim:




Se mesmo assim a gente não der atenção, aí sim, ela abre aquele berreiro.

Quanto a mim, estou ainda no processo de separação das minhas crias, rs. Foi bem mais fácil do que na primeira vez, pois na primeira vez eu estava em depressão pós-parto, sem saber, e não consegui voltar ao trabalho. Agora, sem a depressão e com a ajuda do Thiago, que tem sido um super companheiro, está sendo mais fácil. Thiago e eu acabamos nos entendendo no final das contas. Depois das muitas brigas no final do nosso primeiro namoro, quando ficamos quase 3 meses sem nos vermos e brigando por e-mail (bem no comecinho da minha gravidez), fomos nos entendendo e nos reaproximando aos pouco. A vinda da Clara nos reaproximou ainda mais, superamos as diferenças e resolvemos nos dar uma segunda chance. Ele amadureceu bastante, está mais seguro de si e tem me deixado bastante orgulhosa dele. É um super pai, a Clara é louca por ele:

É também um super "namorido", não deixando que o cansaço e a rotina atrapalhe nossa relação como casal e não me deixando esquecer que, além de mãe, não deixei de ser mulher, namorada, e faz com que eu sempre me sinta amada. Ele não deixa com que eu entre em pânico quando acho que as coisas vão sair do meu controle. Me ajuda nos afazeres domésticos e no fim do dia ainda me faz uma massagem, rs. Ainda estamos acertando algumas coisas em nosso relacionamento, mas está tudo dando certo.

Estou feliz por estar de volta ao blog. ainda vai demorar um pouco para que eu coloque em dia as visitas aos blogs de todas porque o serviço aqui acumulou bastante durante minha licença, mas aos poucos vou me informando do que anda acontecendo na blogsfera.

Deixo muitos beijos à vocês e obrigada pór nunca terem me abandonado.