sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Meu aniversário. Fim deste blog.

"Que comece agora.
E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.
E que eu espero também.
Uma vontade de ser.
Àquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho.
Que me dê cadência das atitudes na hora de agir.
Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais.
Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelos anjos que moram comigo.
Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim.
Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior.
Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver..."

Caio Fernando Abreu


Encerro mais um ciclo da minha vida, o de esperar pelos meus anjos. Hoje, eles estão aqui comigo. 30 anos, vida nova, blog novo. É só clicar:

Meus Anjos & Eu

Espero cada uma de vocês que me seguiram aqui, a me seguirem lá. E já tem post novo lá! Obrigada por cada um dos milhares de comentários deixados aqui ao longo desses 3 anos de "Esperando meu anjo..."

Com este post, de número 200, encerro este blog.

Beijos em todas!

Te espero lá!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Preciso tanto de paz!


Minha vida é assim: não fica mais de duas semanas sem vir confusão! Estou estressada, cansada, desorientada. Desde a gravidez da Clara que não tenho tido um tempo razoável de sossego em minha vida. Moro na casa da minha avó (na casa dos fundos) desde março, quando meu carro fundiu o motor e eu tive de economizar o dinheiro do aluguel para consertá-lo. Só que de lá pra cá, minha vida virou um inferno. A começar por que ninguém lá em casa vai com a cara do Thiago (a culpa disso é minha, eu assumo. Quando brigamos, no primeiro namoro, a família tomou as minhas dores e quando nos reconciliamos todos ficaram com raiva dele). E ainda tem a educação do Mateus, que todos se metem, ele faz o que quer, a hora que quer. E se chora, minha casa enche de gente pra saber o porque do choro...
Semana passada o Mateus deu birra porque queria sentar-se vir para o meu colo (eu estava nobanheiro entrando no banho). Conversei com ele e expliquei que a mamãe estava cansada e que ia tomar banho, depois iria pegá-lo no colo o tempo que ele quisesse. Ele não se conformou, deu birra e um tapa na minha cabeça (eu estava agachada falando com ele). Puta de raiva, pedi ao Thiago, que estava dando mamadeira para a Clara, para levar o Mateus e colocá-lo de castigo no sofá por ter batido na mamãe, e não deixá-lo sair de lá até eu me vestir novamente e ir até lá. Nisso, minha irmã escutou o choro e foi ver o que se passava. O Mateus a vendo, começou a se fazer de vítima, tentando sair do castigo e o Thiago segurando-o para ele não sair. Nisso chega a minha avó pora se meter também. Teve bate boca. Sei que foi tudo muuito estressante. No mesmo dia resolvi que não ficaria mais lá e comecei a procurar casa pra alugar. Minha avó sabendo que eu pretendia sair de lá, ligou para meu ex-marido, André, pai do Mateus pra falar que o Thiago, meu atual marido e pai da Clara, bate nele, para evitar que a gente se mude da casa dela, onde ela pode mandar no Mateus. E a confusão se fez. Foi um final de semana de caos. Conversei com o André. Estamos resolvidos nesse assunto. Thiago é firme quando tem que ser, porém nunca levantou 1 dedo para o Mateus. Sou mãe e jamais deixaria que alguém maltratasse meus filhos. Porém, ando nervosa, estressada, agitada com quem se mete. Infelizmente, na minha família é assim: cada um quer se meter na vida do outro, mas ninguém quer que se meta na sua. Todo mundo fala da vida de todo mundo e todo mundo quer se fazer de vítima. Não aguento mais. Estou a 4 dias de completar 30 anos e até hoje não mando na minha vida, nem na vida dos meus filhos. Mateus tem sentido o clima pesado, anda chorão. Disse ontem, ao chegar da casa do pai, que não quer ficar com a mamãe porque a mamãe tá triste.
Agora me respondam: se o thiago maltratasse o Mateus, ele estaria tão à vontade com ele, a ponto de dormirem abraçados? (foto de quinta, dia 01/09)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O quase

Iniciamos o meu mês, o mês do meu aniversário. Todos os anos, no mês de setembro, eu me sinto mais confiante na vida, saudosa do que passou, porém, mais positiva em relação ao que está por vir. Pensando no que "quase" fiz nesse ano que passou, li um texto que descreve bem o que pensei. Achei-o tão lindo que resolvi compartilhar aqui:

--*--

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


--*--

Uma ótima quinta-feira pra vocês! Ah, semana que vem terei novidades aqui no blog!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Creche ou babá... Procura-se!



Gente, desde julho, quando tirei a Clara da creche onde ela estava por não estar satisfeita (4 doenças diferentes em 1 mês, lembram-se?) que ainda não tenho uma solução definitiva pra ela. Deixei-a com uma vizinha que tem cuidado muito bem dela, mas que arrumou um emprego e essa é a ultima semana que pode olhar a Clara. Fui em outras duas creches, na cidade onde moro. A primeira, cobra um preço exorbitante (600,00 + 150,00 de taxa de matrícula) para um serviço ruim (os berços estão soltando pedaços de madeira e os bebês que ficam em berços ficam "esquecidos", elas só dão atenção pros bebês que já engatinham) e na segunda, nem cheguei a entrar, eles não tinham mais vagas (e depois fiquei sabendo por uma pessoa que já trabalhou lá que eles não separam os bebês das crianças maiores, e que a alimentação é péssima). Só existe mais uma creche e é a que vou olhar essa semana.


O ideal é que conseguisse encontrar outra babá pra ficar com eles. Digo eles, pois o Mateus, que fica com minha mãe no período da tarde, talvez precise também. Minha mãe está com muitos problemas, dentre eles um caroço no seio que pode ser maligno (saberemos em meados de setembro). E também porque não gostaria que meus filhos crecessem separados, eles se adoram, a Clara é louca pelo Mateus, não pode vê-lo que começa a garfalhar, e o Mateus também vive perguntando por ela durante o dia. Mas tá difícil encontrar alguém, hoje em dia, ninguém mais quer trabalhar em casa de famíla. Tenho essa semana pra resolver tudo. Torçam por mim!

Beijos!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Primeiro banho de piscina!



Tá bom que não é A piscina, rs. Mas vale um post o primeiro banhinho que não seja na banheira ou no chuveiro. Foi na piscininha que o Mateus ganhou quando tinha menos de um ano (que na época eu postei aqui) no sábado, um dia muito quente. Tomei dois cuidados: não expô-la ao sol e colocar água do chuveiro, morninha. Ela se divertiu à bessa!



Em tempo: Clara melhorou da alergia, nem precisei levá-la ao médico (obrigada pelas dicas) e Mateus está pedindo para ir ao banheiro na escolinha (fraldas agora, só à noite).

Dois sorrisos lindos pra começar bem a semana!





Beijos, beijos, beijos!!!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alergias e desfralde



Clara está com alergia. Começou com um vermelhão depois encheu de bolinhas na região genital. Parece catapora. Levei no médico que receitou uma pomada antialérgica (acetato de hidrocortisona) e não falou mais nada. Não adiantou. Daí resolvi tentar descobrir o que era. Comecei mudando as fraldas. Ela usava Turma da Mônica e Cremer. Troquei pela Pampers (ai meu bolso). Melhorou, mas não resolveu. Suspendi, então, a pomada hypoglós. Melhorou mais um pouco, mas ainda não resolveu. Daí foi a vez de suspender os lencinhos umedecidos (usava o da Jonhson para recém nascido, sem creiro). Melhorou um pouquinho mais, mas ainda tinha bolinhas. Como não tinha mais o que suspender, passei a dar banho de assento com aquele pozinho antisséptico que deixa a água roxa (esqueci o nome agora, rs). Ainda não sarou por completo. Agora não sei mais o que faço... alguém tem alguma experiência nisso?

Já o Mateus, já falei aqui no blog que ele estava desfraldando. Em casa ele não usa mais fraldas, só cuequinhas. Só que nem sempre ele pede pra ir ao banheiro. Só se ele não estiver fazendo nada interessante. Se ele estiver brincando ou assistindo desenho, ele acha que é perda de tempo ir ao banheiro e segura até não poder mais. Tenho de pegá-lo e levá-lo ao banheiro. Daí, percebi que a fralda que ele usa pra ir pra escolinha estava voltando seca e resolvi mandá-lo pra escolinha de cuequinha mesmo. Fui falar com a diretora sobre isso, que se ele estiver muito entretido ele não pede pra ir ao banheiro, que alguém tem que levá-lo até porque ele não consegue descer a calça sozinho. Sabe o que ela falou? Que não pode deixar porque se acontecer um "acidente" e ele fizer xixi no chão vai contaminar os coleguinhas! Daí falei: por isso mesmo vocês tem de lembrá-lo de ir ao banheiro. Ela disse que vai "tentar". Que creche-escola é essa que não auxilia a criança a deixar de usar fraldas? Se eu pudesse ficar em casa para desfraldá-lo, eu não precisaria delas, se eu pago uma creche é porque não posso fica em casa! Santa paciência, viu?!!!

Beijos meninas!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Meu bebê de 7 meses



Hoje minha bonequinha completa 7 meses! Não tem como não pronunciar aquela frase que toda mãe fala: nossa, parece que foi ontem que ela nasceu! Recebi um e-mail falando o que faz um bebê de 7 meses e no início fiquei meio apreensiva, pois fala que a maioria dos bebês de 7 meses já sentam sozinhos e já apresentam sinais do primeiro dentinho. Com a Clara, nem uma coisa nem outra. Ela ainda tomba depois de um tempinho sentada só e nem sinal de dente ainda (nem tá inchado, nem baba excessiva, nada!). Com 7 meses o Mateus já fazia isso tudo e estava começando a se colocar na posição de engatinhar quando colocado de bruços. Mas daí comecei a pensar numas coisas e relaxei: não tem como eu querer que a Clarinha se desenvolva da mesma forma porque, aos 7 meses o Mateus tinha uma mãe em casa 24 horas por dia com ele, incentivando, estimulando. Minha pequena não tem esse privilégio, fica em creche desde os 4 meses e meio e lá, por serem muitos bebês, a tia não pode dar uma atenção mais exclusiva (em tempo: estou procurando uma creche com mais monitoras). Minha pequena deve ficar o dia inteiro sentada no carrinho ou deitada no berço. Não tem como se desenvolver no mesmo ritmo mesmo. Tenho de deixar de lado a culpa por não poder acompanhá-la. Mais sobre um bebê de sete meses extraído do site Babycenter(e o que a Clara faz ou não faz):
- O bebê consegue apoiar o peso nas pernas por curtos períodos e adora pular. (Clara ainda não pula, agora que está começando a apoiar as perninhas);
- A chamada coordenação motora fina do seu bebê também está se aprimorando. A esta altura, ele provavelmente passa coisas de uma mão para a outra com facilidade e pode até conseguir segurar um copinho especial para crianças com as duas mãos juntas (e seu auxílio). Em pouco tempo, você vai reparar que o barulho em casa aumentou, não só porque o bebê emite mais sons, mas também porque ele terá descoberto a graça de bater uma coisa na outra. (Isso ela faz muito, e é uma barulheira só quando a colocamos no cadeirão e lhe damos um brinquedo, rs).
- Se o seu bebê demonstra certa ansiedade quando está longe de você durante o dia, isso aumenta mais ainda na hora de dormir. Quando acorda durante a noite, mesmo que brevemente, seu filho sabe que você está por perto e não hesita em tentar chamar sua atenção. Você provavelmente fica dividida entre a vontade de reconfortá-lo ou levá-lo para a sua cama e a preocupação com aquelas famosas teorias de que agindo assim você vai "estragá-lo". A verdade é que dar colo para a criança de vez em quando -- não sempre -- não faz mal a ninguém. Quando a ansiedade de separação estiver menos intensa, você pode tentar ensiná-la a dormir sozinha de novo. E há famílias que optam por dormir sempre todo mundo na mesma cama. Se a decisão agradar a todos os envolvidos, é sempre uma possibilidade, mesmo indo contra a orientação de boa parte dos profissionais (psicólogos, psiquiatras e pediatras) no Brasil. (Lá em casa acontece exatamente isso, ela acorda simplesmente pra ver se estamos por perto. Decidimos dormir todos juntos, só assim conseguimos descansar à noite. Preciso estar inteira no outro dia, para trabalhar. Depois veremos como resolver isso).

Beijos!





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nosso dia dos pais!

A comemoração do Dia dos Pais lá em casa foi dividida em duas: no sábado, comemoramos os 4, com um passeio bem divertido no shopping:











E no domingo, Mateus foi pra casa do papai dele e a comemoração foi a 3, fomos almoçar na casa do meu pai:



À todos os papais do mundo, desejo que as relações com seus filhos sejam sempre baseados em amor, como este, que está estampado nesta foto:



"O colo do meu papai é o melhor colo do mundo! Te amo muito, meu papai!"



Beijos e boa semana!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crescimento em fotos!

Tem coisa mais gostosa do que acompanhar um filho crescendo?













Tem sim! Acompanhar DOIS filhos crescendo!



UM ÓTIMO FIM DE SEMANA PRA TODO MUNDO!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Saudades de mim mesma...



Resolvi fazer este post depois que li no site do Babycenter que é normal sentir falta da liberdade, até então estava me cobrando por sentir isso. O texto que eu li foi este.

Então que concordo que ser mãe é uma das melhores coisas da vida, que nada paga o sorrisão de um filho pra você e que vê-los felizes, sorrindo, com saúde realmente não tem preço. Porém, esses dias ando muito saudosa do tempo em que eu era só eu. Me perdoem as que não concordam comigo, em nenhum momento estou arrependida de ter tido meus filhos, mas é que sou muito nostáugica e, juntando isso com o estresse e a rotina puxada, me lembrei com prazer dos tempos em que eu:

- podia dormir até a hora do almoço aos finais de semana, levantar, comer a pizza do dia anterior e me deitar de novo;
- começava a ler um livro e terminava de lê-lo até no mesmo dia;
- tinha minhas unhas feitas semanalmente e meu cabelo era sedoso, hidratado e sem raiz aparente (hoje não tenho tempo nem $ pra ir ao salão semanalmente);
- conseguia comer quando sentia fome, e não somente depois de tudo o que tiver de fazer pelos filhos;
- minha casa era organizada e limpa, sempre.
- podia assistir filmes na tv;
- podia comprar um mimo pra mim sem me sentir culpada que, com o dinheiro, poderia estar comprando alguma coisa para os filhos;
- assistia televisão;
- ficava sem nada pra fazer;
- tinha tempo e disposição pra fazer caminhada com o cachorro todos os dias ao final da tarde;
- podia ir numa pizzaria e ficar sentada do lado de fora sem me preocupar se está ventando demais;
- podia sair do trabalho e ir bater perna no shopping pra espairecer;
- podia soltar um palavrão quando batia o dedão do pé na porta sem medo de que "alguém" escute e fique repetindo o tal palavrão;
- tomar banho e jantar antes das 10h da noite...

Enfim, são muitas coisas que tenho saudades e, até então, me sentia culpada de sentir falta dessas coisas, achando que por ter sido abençoada com dois filhos que são luzes para minha vida, não podia sentir falta de nada que não fosse relacionado à maternidade. Mas percebi que antes de ser mãe eu já era um ser humano, e sentir falta de coisas que te davam prazer é parte integrante do ser. Sei que escrever aqui não vai fazer com que eu volte a ter isso que eu tinha, mas pelo menos desabafei um pouquinho. E vocês, têm saudade de que?

Beijos grandes!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amamentar é... (blogagem coletiva)



"Se dar a vida é atributo da Natureza, amamentar é transvazar nossa vida noutra vida, derramar nossa alma, a cada instante, para que outra alma se erga e viva de nós."

Maria Celeste pela psicografia de Waldo Vieira em "De Coração para Coração", FEB, 1992.




O Mateus foi amamentado no peito até os 5 meses. Parou sozinho: começou a diminuir e certo dia não quis mais, de jeito nenhum. Acho que a culpa foi de uma cirurgia que fiz nas mamas quando tinha 17 anos, para diminuí-las. Meu leite sempre saiu com muita dificuldade e isso o cansava demais.

Pensei que, com a Clara, o problema ia se repetir. Mas qual foi minha surpresa ao perceber que ela passou dos 5, agora está com 6 e meio, quase 7 meses e ainda mama? Mesmo eu tendo voltado a trabalhar e passar o dia todo longe dela, mesmo com a produção de leite bem baixa, quando eu chego em casa, à noite, a primeira coisa que ela procura é o peito. E fica mamando e passando a mãozinha no meu rosto, como se estivesse matando a saudade da mamãe. Não tem como descrever esses momentos, são sublimes, meu e dela, nosso vínculo, e é especial. Não sei até quando vou conseguir amamentar, sinto meu leite secando, mas vou guardar com carinho esses momentos:



Apesar de todos os benefícios que a amamentação apresenta, não acho legal a pressão que fazem quando a mulher não pode amamentar, cada uma sabe até que ponto isso é possível. Também acho que ninguém é menos mãe porque não pôde amamentar o filho. Minha mãe me deu de mamar apenas 1 mês, pois ela tinha 15 anos quando eu nasci e precisava voltar pra escola, minha avó impôs à ela o desmame precoce, e nem por isso eu deixei de crescer saudável. Mas cada uma tem seu caso. No meu fico feliz de não ter desistido, de ter tentado, de ter procurado ajuda no banco de leite quando pensei que meu leite ia secar, de ter acreditado que seria possível amamentar mesmo tendo retidado 950g das mamas, de ter persistido, e mesmo com a dificuldade imposta pela cirurgia (pouco leite, difícil de sair, sempre pingando em vez de jorrar), consegui fazer com que meus filhos mamassem um pouco de leite materno, o vínculo que isso proporcionou pra mim é indescritível. E por isso resolvi participar dessa blogagem coletiva.

Bom final de semana à todas!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Saudades de mim mesma.



Resolvi fazer este post depois que li no site do Babycenter que é normal sentir falta da liberdade, até então estava me cobrando por sentir isso. O texto que eu li foi este.

Então que concordo que ser mãe é uma das melhores coisas da vida, que nada paga o sorrisão de um filho pra você e que vê-los felizes, sorrindo, com saúde realmente não tem preço. Porém, esses dias ando muito saudosa do tempo em que eu era só eu. Me perdoem as que não concordam comigo, em nenhum momento estou arrependida de ter tido meus filhos, mas é que sou muito nostáugica e, juntando isso com o estresse e a rotina puxada, me lembrei com prazer dos tempos em que eu:

- podia dormir até a hora do almoço aos finais de semana, levantar, comer a pizza do dia anterior e me deitar de novo;
- começava a ler um livro e terminava de lê-lo até no mesmo dia;
- tinha minhas unhas feitas semanalmente e meu cabelo era sedoso, hidratado e sem raiz aparente (hoje não tenho tempo nem $ pra ir ao salão semanalmente);
- conseguia comer quando sentia fome, e não somente depois de tudo o que tiver de fazer pelos filhos;
- minha casa era organizada e limpa, sempre.
- podia assistir filmes na tv;
- podia comprar um mimo pra mim sem me sentir culpada que, com o dinheiro, poderia estar comprando alguma coisa para os filhos;
- assistia televisão;
- ficava sem nada pra fazer;
- tinha tempo e disposição pra fazer caminhada com o cachorro todos os dias ao final da tarde;
- podia ir numa pizzaria e ficar sentada do lado de fora sem me preocupar se está ventando demais;
- podia sair do trabalho e ir bater perna no shopping pra espairecer;
- podia soltar um palavrão quando batia o dedão do pé na porta sem medo de que "alguém" escute e fique repetindo o tal palavrão;
- tomar banho e jantar antes das 10h da noite...

Enfim, são muitas coisas que tenho saudades e, até então, me sentia culpada de sentir falta dessas coisas, achando que por ter sido abençoada com dois filhos que são luzes para minha vida, não podia sentir falta de nada que não fosse relacionado à maternidade. Mas percebi que antes de ser mãe eu já era um ser humano, e sentir falta de coisas que te davam prazer é parte integrante do ser. Sei que escrever aqui não vai fazer com que eu volte a ter isso que eu tinha, mas pelo menos desabafei um pouquinho. E vocês, têm saudade de que?

Beijos grandes!

Era uma vez...


...um tubo de pomada Hypoglós que eu deixei ao alcance de quem não devia!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Uma menininha...



Um dia senti que a vida
iria me presentear
me dar uma menininha
para com ela brincar
o sonho virou verdade
e a menininha nasceu
parecia uma bonequinha
a mais linda que Deus me deu.

A dúvida então surgiu
como essa bonequinha chamar
pensei em chamá-la Carolina, Ana
mas, nada de acertar.

Fiquei então a pensar...
vou por um nome
que todos vejam
o jeito que ela será
vou chamá-la "Clara"
e todos com alegria
irão relembrar
brilho, meiguice, ternura, amor
e nossas almas encantará.



(Autora: Dorailze Souza - com adaptações.)

Clara (muito) doente!



Meninas, foi só eu falar que a creche estava deixando meus meninos muito doentes e que não sabia o que fazer que veio a bomba: fui buscar a Clara na creche na terça-feira e eis que a encontro com os olhinhos vermelhos, quentes e lacrimejando. Fui ao hospital (dessa vez demorou só uma hora para sermos atendidas) e foi diagnosticada a conjuntivite. 7 dias sem poder ir para a creche. E eu, 7 dias de atestado, em casa, pra poder cuidar dela. Além disso, ela também estava super resfriada, com o peito e o nariz muito congestionados. Colírio nos olhos, xarope e nebulização 3 vezes ao dia. Ah! E ela que sempre foi muito boa de boca (conto depois em outro post) ficou sem apetite e deixou de comer.



Como eu tive de dar muuuuuita atenção pra ela, Mateus ficou enciumado e se isolou. Um dia estava nebulizando a Clara e ele sumiu. Deixei-a no carrinho e fui procurar por ele. Encontrei-o aí, escondido:



Pois bem, fiquei a semana passada praticamente toda com ela em casa, tratando, e ela ficou boa. Daí veio a culpa de levá-la novamente para a creche e o medo dela piorar. Eu e o thiago decidimos procurar outra creche, mais arejada, com mais monitoras, ou então procurar outra babá pra ficar com ela em casa, senão, de fato, vou acabar sendo demitida (e ainda não decidi sobre isso). Semana passada, que fiquei em casa, tinha duas reuniões importantes no trabalho que tiveram que ser adiadas por minha causa.

Essa semana também tá muito corrida. Thiago viajou, volta só no domingo, até lá estou só com as duas crianças. Ontem a Clara resolveu que não ia dormir cedo e deu 20h30 da noite e eu ainda não tinha jantado nem tomado banho. Minha irmã se ofereceu pra ficar com ela (Mateus já tinha dormido) e eu tomei meu banho, depois a fiz dormir e finalmente jantei. Só que a essa altura a fome já tinha passado...

Bom, eu tinha muita coisa pra falar deles, mas como fiquei em casa e sem computador, acabei esquecendo. Vou anotar num caderninho as coisas que tiver que falar aqui e volto depois, tá?

Ah! E obrigada por tantos recadinhos! Leio cada um com um sorrisão no rosto. Cada uma de vocês são muito especiais e a razão desse bloguinho!

Beijos nossos!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pensativa...



Ultimamente ando meio pra baixo. Na verdade, queria fazer pela Clara o mesmo que fiz pelo Mateus: ficar um tempo em casa após o término da licença-maternidade. A creche até que não é ruim, mas nada se compara a ficar em casa e ter o carinho e o cuidado da mamãe. Queria poder acompanhar a alimentação dela, ir introduzindo os alimentos aos poucos, como fiz com ele, acompanhar os progressos (sentar sozinha, as gracinhas novas), não deixá-la tanto na frente da TV (lá, eu sei que elas fazem isso)... ontem fui buscá-la e escutei um chorinho (já é o segundo dia consecutivo que a escutamos chorando ao ir buscá-la) e percebi que as tias a tinham deixado no carrinho, num canto, enquanto entregavam as outras crianças aos pais (estava cheio de pais lá no portão). Minha pequena, chorava, reclamava, balbuciava e se debatia no carrinho, querendo chamar a atenção...



Mateus também tem sentido minha falta como nunca sentiu antes. Ele chora na hora em que saio para trabalhar. Regrediu nas fases, voltou a usar fraldas o dia inteiro (estava quase desfraldado), não está comendo bem e vive doente. Imunidade sempre baixa. Foram três semanas seguidas de doença lá em casa. Fomos parar no hospital novamente, na quinta passada e, como ele ainda não tem plano de saúde e os hospitais públicos estão em greve, foram 270,00 entre consultas e remédios. A garganta dele estava tão infeccionada que ele babava sem parar porque não conseguia engolir a saliva. E a febre, de 39.5⁰, não baixava de jeito nenhum.



Fico pensando até que ponto vale a pena ver meus filhos passando por isso pra que eu possa trabalhar e eles tenham um pouco mais de “conforto”. Há dias que venho pensando seriamente em largar o emprego, juntar tudo o que tenho direito (FGTS, seguro desemprego etc) e ficar em casa por mais um tempo. O problema é se eu não conseguir outro emprego quando a reserva econômica acabar.



Peço a Deus todos os dias que ilumine minhas idéias e me mostre o melhor caminho a seguir. Coragem é do que preciso. Se for pra parar de trabalhar, que me dê coragem pra enfrentar as dificuldades financeiras que virão, e se for pra continuar trabalhando, que me dê coragem pra sair de casa todos os dias e deixar o Mateus chorando ao sair e encontrar a Clara chorando ao voltar...



Beijos em todas!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Meu Mateus...




Muita gente tem me perguntado como está o Mateus, como tem reagido à chegada da irmã, se está com muito ciúmes, etc.





Ele me surpreendeu. Confesso que pensei que ele seria agressivo com a Clara, mas não. Com ela, ele é até carinhoso, dentro do seu jeito reservado. Seu ciúme se manifesta de outra maneira: querendo chamar a atenção. Está mais chorão também. Agora, uma coisa que me surpreendeu é o tanto que ele está grudado em mim. Minha mãe disse que ele passa a tarde chamando pela mamãe, pedindo para ir pra casa, tadinho.



Quando chego do trabalho para pegá-lo na casa da minha mãe, ele já está esperando, todo ansioso, com suas coisinhas na mão, parado na porta. Se antes ele chorava para não sair da casa da minha mãe, agora ele chora para ir embora. Minha mãe até ficou sentida achando que a culpa era dela. Mas acredito que isso é resultado dos 5 meses que passamos juntinhos em casa.





Não tenho como negar que entrar para a creche/escolinha desenvolveu muito a fala do Mateus. Antes ele tinha uma preguiça imensa de falar. Quando ele queria alguma coisa, apontava e ficava repetindo: hum, hum, hum. Agora, desembestou a falar e vive me surpreendendo com seu enriquecido vocabulário dia após dia. É claro que ainda é aquela fala que só as mães entendem, rs, acredito que até por conta da chupeta, que atrapalha. Mas ele já tem algumas pérolas que quero registrar aqui para nunca esquecer (vou colocar aqui a versão "traduzida" do que ele falou):





- um dia de sol, voltando pra casa, o carro fez a curva e o sol ficou bem nos olhinhos dele. Ele falou, incomodado: "mamãe, o sol! apaga!". Quando a curva se desfez e o sol parou de bater nos olhos dele, ele abriu um sorrisão e disse: "apagou!"







Meu pequeno herói me surpreendeu também de outra maneira: demonstrando a coragem que eu achava que ele não tinha. Semana passada ele pegou uma virose. Na quinta-feira, ele teve diarréia 9 vezes! Na sexta cedinho fomos para o hospital. Como era público, ficamos lá de 9h às 14h. E ele suportou tudo quietinho, no meu colo, sem resmungar nem chorar. Tomou 2 litros de soro (não chorou para colocar, ficou olhando a agulha entrar em sua mãozinha e soltou apenas um tímido "ai"), fez exame de sangue (novamente não chorou para colher sangue, as enfermeiras até o elogiaram), comeu a comida do hospital e até dormiu em meu colo, num banco duro de madeira, aguardando o resultado do exame. Andou o hospital inteiro ao meu lado (eu estava com duas sacolas numa mão e segurando o soro dele com a outra, não dava para pegá-lo no colo) mesmo cambaleando por causa da medicação que colocaram no soro, que dava sono. E hora nenhuma reclamou de nada. Apenas no final, ele levantou a mãozinha e pediu pra tirar a agulha, depois de 4h com aquilo na veia tão pequenininha, devia estar incomodando muito).





Fiquei muito orgulhosa de sua coragem, de sua parceria com a mamãe. Meu pequeno grande homem!