DESAFIANDO A MAMÃE

Oi gente!

Bom ter todas vocês de volta por aqui.

Tô um pouquinho desesperada hoje. Não é fácil ser mãe, ainda mais mãe sozinha, porque daí a gente depende de um monte de gente pra nos ajudar e cada um tem um jeito de cuidar. No meu caso, Mateus passa o dia com a minha mãe e a babá, às vezes passa a tarde na casa da minha avó brincando e os finais de semana com o pai (sábado) e comigo (domingo). Isso mexe muito com a cabecinha dele. Por exemplo: na casa da minha avó, ele pode rabiscar as paredes, na casa da minha mãe, não pode. Minha mãe dá refrigerante pra ele, eu não dou (mesmo assim ele pede muito). Minha avó deixa ele comer chocolate antes do almoço, eu não deixo. Meu padrasto deixa ele bater nele (tipo brincar de dar porrada), eu não deixo ele bater em ninguém. Creio que isso em deixado ele muito confuso, ele ainda não sabe o que pode e onde pode. E não adianta eu falar com as pessoas, cada um faz do jeito que acha certo mesmo escondido de mim. E como eu sou sozinha e dependo da ajuda de todos eles pra me ajudar com o Mateus (e futuramente com a Clara), acabo sem ter voz ativa, porque mesmo que eles digam que não fazem, eu sei que fazem.

Ontem Mateus queria alguma coisa que eu não dei, daí ele veio e me deu um tapa. Segurei na mão dele e disse com voz grave e firme que não podia. Não adiantou. Ele olhou bem dentro dos meus olhos, me desafiando, e me bateu de novo. Tentei mais uma vez, dessa vez segurando a mão dele mais forte e falando com mais força. No terceiro tapa dele em mim, me descontrolei e dei um tapa na mão dele. Ele se assustou e começou a chorar. Peguei-o no colo, expliquei o porque de ter batido nele e falei que não pode bater, que é feio. Mas como eu falo que não pode bater e bato? Que moral tem uma mãe que perde o controle? Chorei a noite toda por causa disso, com peso na consciência. Chorei ainda mais quando pensei que isso é só o começo, que terei que educar os dois sozinha e no tanto que isso vai ser difícil pra mim... que para o André, pai do Mateus, vai ficar só a parte boa, de brincar, de pegar pra passear... e a parte chata, de educar, de impor limites, fica pra mim...

Não me importo de ter que cuidar dele sozinha, como levar pro hospital sozinha em caso de doença, por exemplo. Mas eu realmente não sei o que fazer nesses casos em que o ele der birra (que já são muitas) ou que me enfrentar... já tentei de tudo, converso, tento me impor, até já tentei colocar de castigo. Nada adianta. Então eu sento e choro. Quem já passou por isso? E o que fizeram?


Beijos.