Esperando meu anjo...

AMAMENTAÇÃO

"Se dar a vida é atributo da Natureza, amamentar é transvazar nossa vida noutra vida, derramar nossa alma, a cada instante, para que outra alma se erga e viva de nós."

Maria Celeste pela psicografia de Waldo Vieira em "De Coração para Coração", FEB, 1992.

Oi amigas!
Hoje estava amamentando o Mateus com uma pontinha de dor no coração, pois estes momentos estão cada vez mais raros e resolvi escrever este post.

Desde que eu engravidei comecei a me prepara mentalmente para não sofrer se não pudesse amamentar, por causa da cirurgia que fiz à 10 anos.

PAUSA
Vou explicar minha cirurgia: meus seios começaram a crescer quando eu tinha 7 anos, e eu sempre fui complexada com eles, pois eram muuuuito grandes. Na adolescência, enquanto minhas amigas usavam tops e blusinhas, eu só usava camisetas, pois meus seios pesavam muito e eu não poderia andar sem sutiã. De tanto usar sutiã, meus ombros estavam ficando marcados. O cúmulo foi quando viajei para a praia com a família do André, que ainda era meu namorado na época, e fui com as primas dele comprar biquíni. Enquanto as meninas compravam biquínis de florzinha, lacinho, etc., eu pedi um biquíni que servisse em mim. A moça veio com um modelo horrível, de gente velha, preto com listras cinzas. Quando chegamos na praia, eu quis morrer com a cara que o André fez ao me ver naquele biquíni. As primas dele com biquínis lindos, rosinha, amarelinho, de lacinho e tomara que caia e eu com um biquíni enorme, cinza com preto. Voltei pra casa disposta a fazer qualquer coisa pela cirurgia. E meu pai me deu de presente quando eu passei no vestibular. Foi a maior felicidade quando, 20 dias depois, eu usei uma blusa de alcinha pela primeira vez na vida. Isso sem falar do peso que tirei das costas, literalmente. Foi retirado quase 1kg de peito. Eu tinha 17 anos.
DESPAUSA

O problema é que eu não conseguia imaginar o quanto amamentar é bom, que sensação boa saber que você, seu corpo, seu organismo é que está alimentando seu filho. Desde a primeira vez que ele mamou, ainda no Centro Obstétrico:

Porém, como já era de se esperar, o leite estava saindo com dificuldades e foi orientado pela pediatra a complementação com nan ainda na maternidade. Porém, no copinho para que ele não largasse o peito, pois mesmo o pouco de leite materno que ele mamava fazia muito bem pra ele.



Só que como eu não dava conta de dar o nan no copinho quando cheguei em casa, tive por optar pela mamadeira, pois ele engasgava muito e derramava muito também. Chorei muito com a decisão de dar mamadeira pois, pra mim, ele iria largar o peito de vez, porém, com dez dias de vida o Mateus ainda não havia ganhado nenhuma grama, só perdido.



Qual não foi minha alegria (e surpresa) quando, ao fim de cada mamadeira ele procurava meu peito? E para minha felicidade continua assim até hoje. O peito se tornou o complemento. Não apenas o complemento da alimentação, mas o complemento do amor, do carinho, do contato físico com a mamãe, de um momento só nosso. Hoje meu leite é pouco, é verdade, mas o suficiente para esses maravilhosos momentos (foto de hoje):


Beijos à todas e irei visitá-las, mesmo que aos poucos, rs! Beijos do Mateus também!